Esta matéria, apesar de ser um jornal de ampla circulação, é mentirosa.

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Mãe reencontra filho raptado

14 de janeiro de 2011 |
23h32 |
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CAMILLA HADDAD

Mãe de um bebê de 1 ano, Camila Ravison, de 29 anos, não pode sentir a emoção de passar o primeiro aniversário ao lado do filho. A mesma coisa aconteceu no último Natal e Ano Novo. Apenas esta quinta-feira, 13, após 45 dias longe da criança, ela finalmente pode abraçar o menino. A polícia diz que ele foi sequestrado no Rio de Janeiro pelo avô paterno, que está preso, e localizado na cidade de Santos, na Baixada Santista. A família de Camila criou um blog na internet para atualizar a história e descrever os momentos de angústia.

As investigações indicam ainda que tudo foi premeditado pelo próprio pai da vítima, um capitão do Exército. Investigadores afirmaram que o oficial já teve ordem de prisão decretada, mas estaria foragido até a noite de ontem. Na última quinta-feira, foram detidos o aposentado André Luiz Liechoscki, 54 anos, avô da criança, e sua cúmplice, a médica Maeli Aguilera Pedroso, de 46, que seria amiga dele. Os dois estavam em um apartamento na Rua Ana Pimentel, na Ponta da Praia. O bebê não apresentava ferimentos.

O casal irá responder por sequestro. No caso da médica, ela também foi indiciada por desacato, já que ao ser levada para a cela agrediu um carcereiro e fez diversas ofensas contra ele. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação era conduzida no 33º Distrito Policial no Rio de Janeiro, onde foi feito um boletim de ocorrência por subtração de incapaz. Policiais de lá se comunicaram com os de Santos até achar a criança. O avô alegou que tinha a guarda do neto, mas delegados o desmentiram após confirmar a justificativa com a Vara da Infância do Rio de Janeiro.

O drama da família Ravison começou dia 30 de novembro, depois que Camila pediu a separação. Ela e o pai da criança viveram juntos quatro anos. Segundo a irmã de Camila, Aline Ravison, de 31 anos, o oficial agiu em retaliação ao pedido de divórcio. “Quis punir, amedrontar”, acredita.

Na versão de Aline, o capitão chegou no apartamento de Camila ao lado da mãe e arrancou o bebê dos braços da irmã, que em seguida teria sido trancada no imóvel. Familiares do capitão não foram localizados pelo JT para comentar as acusações.

Passado o susto, a família da criança enfrentou problemas. “Chegando em Santos, o bebê estava saudável, mas não reconheceu minha irmã. Foram 45 dias de afastamento. Felizmente os dois estão bem e agora o tempo se encarregará de colocar as coisas no lugar”, disse Aline. “Enfim a tristeza deu lugar à emoção do reencontro. Estamos emocionados com as manifestações de amigos e familiares que acompanharam nossa batalha”, comemorou.

O Exército foi procurado pela reportagem para comentar o paradeiro do capitão, mas não retornou os contatos. Amigos do oficial dizem que ele está trabalhando em Roraima.

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